Câmara Setorial discute usos alternativos para arroz e rotação de culturas
A Câmara Setorial do Arroz começou nesta quinta-feira, dia 24, o primeiro ciclo de reuniões dos Grupos de Trabalho (GTs) que vão discutir políticas, estratégias e diretrizes relativas à produção, beneficiamento, industrialização e comercialização do arroz. O evento reuniu os participantes do GT “Programa de Alternativas para os Usos do Arroz e Incremento na Pesquisa de Outras Culturas para Terras Baixas”.
Na abertura da reunião, o presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Cláudio Pereira, afirma que o intuito dessas discussões é mobilizar os atores do setor a trazer subsídios e reforçar os já existentes na busca de soluções estruturais que garantam a sustentabilidade de toda a cadeia produtiva. Para ele, as crises têm sido recorrentes porque as soluções são paliativas. “A partir dos diferentes setores, teremos um conjunto de elementos para encaminhar políticas públicas e buscar soluções técnicas. Trabalhando em grupo temos mais força e mais chance de acertar”, diz o presidente.
O chefe da seção de Mecanização Agrícola do Irga, Carlos Fagundes, relata que o instituto já se empenha há alguns anos nos estudos na busca de usos alternativos para o arroz, tendo parcerias firmadas com várias instituições governamentais e de ensino. “É preciso apontar as preferências dos mercados consumidores. Desde os estaduais até os internacionais”, destaca o engenheiro agrônomo.
Reafirmando a posição de Fagundes, o pesquisador da Estação Experimental do Arroz (EEA), Daniel Grohs, salienta que a pesquisa sobre implantação de outras culturas em terras baixas não é um tema novo visto que já há uma base de estudo do que é possível utilizar na várzea. “Hoje no Irga já temos soja na várzea e comprovamos o benefício concreto ao produtor”, acrescenta. Além disso, está em andamento um novo ramo de pesquisa sobre a integração lavoura-pecuária devido à demanda dos produtores. “Estamos investindo nessas duas linhas de pesquisa porque houve demanda. Tem que ser factível e necessário ao produtor”, diz o pesquisador, salientando que é preciso que o produtor comprove os benefícios desses novos sistemas e aplique a pesquisa feita e o conhecimento por ela fornecido.
O pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Paulo Fagundes, relata que, conforme os trabalhos realizados pela unidade, verificou-se que entre soja, sorgo e milho, a soja é a melhor para entrar em rotação com o arroz, oferecendo mais segurança na várzea. Segundo ele, a unidade está retomando com muito empenho a pesquisa por outras alternativas, sendo que o foco hoje está na integração lavoura-pecuária, trabalhando com pastagens.
Outra iniciativa da Embrapa Clima Temperado é a pesquisa sobre cana-de-açúcar em várzea. “Estamos analisando pois, para o arroz, terras baixas são um paraíso mas para essas outras culturas é um desafio”, completa o pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Ariano de Magalhães Junior.
Também presente à reunião, o presidente da Federação das Cooperativas de Arroz do RS (FEARROZ), André Barreto, ressalta que governo nenhum foi tão ágil na busca e implementação de medidas para os principais problemas do setor. “Nunca se avançou tanto. Estamos encaminhando o comprometimento dos GTs quanto à novas alternativas para o arroz e as medidas adotadas pelo governo para a comercialização já estão em prática”, enfatiza.
As informações são da asessoria de imprensa do Irga.
Agrolink
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