Preocupados com a crise que atinge o setor, os produtores de arroz pediram para o presidente em exercício, Michel Temer, suspender a compra do cereal dos países do Mercosul. A categoria alega que o Brasil já produz o suficiente para atender ao mercado interno e a entrada de arroz dos países vizinhos provoca a diminuição da renda. O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha, salienta que no último ano o Brasil importou 1 milhão de toneladas. “E nós com arroz sobrando no mercado interno”, lamentou Rocha.
No encontro desta quinta-feira (14), em Brasília, os arrozeiros pediram a criação do preço-meta para substituir o preço mínimo para o cereal, ferramenta que é considerada hoje insuficiente. O novo mecanismo é necessário em virtude da defasagem do custo de produção e o preço de mercado. Os arrozeiros querem que o governo federal pague esta diferença, hoje em R$ 10,00. A saca de 50 quilos está sendo comercializada a R$ 19,00 e o custo para produzir esta quantidade de arroz é de R$ 29,00. Já o preço mínimo do cereal, calculado pelo governo, é de R$ 25,80 a saca, inferior ao custo de produção.
CENÁRIO - O mercado do arroz no Rio Grande do Sul está passando por um momento bastante delicado, pois os mecanismos do governo federal para a comercialização do cereal, como as aquisições do governo e prêmio de escoamento de produto, não decolaram. Em março, o preço médio do arroz caiu 12,27% e já acumula a queda de mais 3,31% este mês.
Planeta Arroz