Nesta segunda-feira (25), em reunião com o governador Tarso Genro, os presidentes da Federarroz, Farsul e Fetag pedirão paridade de ICMS com São Paulo, onde a taxa atualmente é de 7%. Segundo o presidente da Federarroz, Renato Rocha, o governo paulista manifestou intenção de isentar, o que incentivará as lideranças gaúchas a reivindicar o mesmo tratamento. Outro pleito é a suspensão do pagamento da taxa de CDO na exportação de grão produzido no Rio Grande do Sul. Além disso, as entidades apresentam amanhã em Brasília a proposta de um novo mecanismo de subvenção. Rocha disse que a formatação da ferramenta está pronta, consistindo no pagamento pelo governo ao produtor da diferença entre o custo de mercado e o de produção.
Os representantes da cadeia de arroz querem que Tarso os acompanhe amanhã na audiência de Brasília, o que poderia viabilizar a presença da presidente Dilma Rousseff. Rocha acredita que, se a presidente participar, a resposta pode ser imediata. "Precisamos de ajustes na política para o arroz, que comprovadamente não funciona. Em 21 anos, 14 anos foram de prejuízos." Em relação ao Mercosul, a cobrança é forte. As importações do produto dos vizinhos devem provocar este ano um excedente de 2 milhões de toneladas, mas a produção nacional, estimada em 13 milhões de t pela Conab, seria suficiente para atender ao consumo, projetado em 12 milhões de t. Rocha destaca que a situação já passou do limite de urgência porque a safra foi praticamente toda colhida e o preço da saca em algumas regiões é cotado abaixo de R$ 18,00, livre ao produtor. Já o preço mínimo do governo federal é de R$ 25,80, enquanto o custo de produção é de R$ 29,00.
Correio do Povo