Governo cria normas de apoio a orizicultores
Bruno Cirillo
São Paulo - O governo federal pretende tirar 3,6 milhões de toneladas de arroz do mercado brasileiro. Dessa forma, oferece proteção aos orizicultores da Região Sul do País, que andam reclamando do excesso na oferta do alimento. Com medidas para facilitar o escoamento do produto, torna-se possível controlar a safra, que deve acumular 13,81 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno é calculado em 12,8 milhões.
"Estamos negociando com a cadeia produtiva de suínos e aves do Rio Grande do Sul, para usar o arroz no lugar do milho na alimentação dos animais", afirmou o presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Cláudio Pereira. A entidade foi escolhida pelo governo para integrar um grupo técnico responsável pela valorização do arroz.
"Com as novas ações, o governo vai destinar a dotação de R$ 1,1 bilhão para apoiar a comercialização de arroz", afirmou o secretário de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Carlos Vaz. Com isso, a expectativa do governo é que os preços do produto voltem a reagir.
Recentemente, após a confirmação de uma safra de arroz recorde no Mercosul, os preços do produto no mercado interno brasileiro caíram mais de 30%, em comparação a 2010. Produtores alegam que estavam recebendo menos de R$ 18 pela saca de 50 quilos do produto.
No Rio Grande do Sul, onde a produção se concentra, rizicultores lideraram manifestações públicas, como bloqueio de pontes e fechamento de comércios locais.
DCI - Diário do Comércio & Indústria
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