O setor orizícola gaúcho vai realizar um mapeamento do impacto da tributação na cadeia produtiva. A decisão veio após reunião da Câmara Setorial do Arroz no Estado, ontem (8), em Porto Alegre. A previsão do coordenador-geral das câmaras setoriais e temáticas da Secretaria da Agricultura (Seapa), Dilson Bisognin, é que o estudo seja concluído em até três meses. Depois disso, será apresentado ao secretário Luiz Fernando Mainardi e ao governador Tarso Genro. De acordo com ele, a desoneração de insumos e equipamentos pode ser uma alternativa para melhorar a competitividade do setor. Para o presidente da Câmara Setorial Nacional do Arroz e diretor da Farsul, Francisco Schardong, a alta carga tributária penaliza a cadeia como um todo, do produtor ao consumidor.
A construção de uma política de comercialização será outra frente de atuação. "Os mecanismos existem, o que falta é sincronia", avalia Bisognin. Conforme Schardong, o tempo entre o anúncio e a prática costuma se arrastar entre 60 e 90 dias. "Neste período, o produtor, que tem contas a pagar, acaba vendendo seu produto a R$ 16,00 a saca." O dirigente acredita que a lavoura precisa de "choque de gestão", com cada segmento fazendo a sua parte no "dever de casa".
Correio do Povo