Estrutura Física

Arrozeira Banhado conta com uma moderna estrutura de secagem e armazenagem de arroz. Tem capacidade para estocar 45 mil toneladas de arroz em suas unidades. Recebendo 1.500 ton/dia.

Gado de corte de Aceguá - RS.

A criação do gado, com trabalho continuo em melhoramento genético a Arrozeira Banhado, busca somente animais com características de desempenho adequadas para maior produção de carcaça em um período menor de tempo de engorda a campo em pastagem de azevém trevo e cornichão.

Processos de produção

Os processos de secagem e armazenagem dos nossos produtos são realizados utilizando a mais alta tecnologia, buscando segurança e eficiência das operações e qualidade dos produtos. Esse processo abrange as atividades desde o campo até o recebimento e armazenagem nas unidades da Arrozeira Banhado. O transporte do arroz e da soja até a unidade de armazenamento é realizado com o máximo de cuidado, a fim de preservar a qualidade dos grãos. Cada etapa do processo é inspecionada e ajustada para que se obtenha um produto de excelente qualidade.

Meio Ambiente

Nas áreas cultivadas pela Empresa, é feito o recolhimento de filtros de lubrificantes e de embalagens vazias de agrotóxicos para posterior envio a pontos de coletas. São utilizados tanques de combustível e rampas de lavagem com caixas de retenção de resíduos, para reduzir possíveis impactos negativos ao meio ambiente.

Um terço da colheita do PR ainda é exportado sem processamento

Da produção paranaense de soja, perto de 4 milhões de toneladas são embarcadas in natura, alimentando indústrias de países como a China

Wagner de Alcântara Aragão, especial para a Gazeta do Povo

A agroindústria do Paraná se expande, mas ainda não dá conta de agregar valor à pauta de exportações do estado. De acordo com a Secretaria da Agricultu­ra e do Abastecimento (Seab), de 30% a 40% da produção paranaense de soja é embarcada na forma in natura, índice que dá uma dimensão do crescimento possível da industrialização do agronegócio local. Além de acordos internacionais, investir no atendimento do mercado interno e desenvolver agroindústria familiar são caminhos apontados por analistas para garantir esse crescimento.

“O Paraná comercializa um grande volume de soja em grão. É preciso agregar valor a essa produção”, assinala o coordenador da Câmara Setorial de Agroin­dústria e Alimentos da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Joaquim Cancela Gonçalves, que considera também a necessidade de maior diversificação. “Temos potencial para industrializar a produção de mandioca e de trigo”, cita.

Para a economista Júnia Pe­­res, do Instituto de Pesquisa e Eco­­nomia Aplicada (Ipea), a substituição, na pauta de exportações, de produtos primários por itens processados impulsionaria a agroindustrialização. Todavia, a atual conjuntura não indica que seja uma medida simples de se concretizar, ao menos num prazo mais curto. “Com es­­sa crise, as incertezas... não é o momento”, afirma.

Em sua avaliação, não há “am­­biente” para o país se impor, exigir que a China – principal comprador da soja brasileira – troque as commodities por produtos de maior valor agregado. “Apesar da crise, a China mantém sua demanda, mas o risco de ela se retrair, existe. Além disso, as relações comerciais entre os dois países são baseadas na atual pauta, os contratos são assim, não tem como mudar de forma imediata, tem que cumprir esses contratos”, salienta a pesquisadora.

Mercado interno
Dessa forma, de acordo com Jú­­nia, procurar abastecer o mercado nacional é a alternativa mais viável à expansão da agroindustrialização. Opinião semelhante é a do agrônomo Gérson Teixeira, pesquisador em economia agrícola, ex-presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra). Teixeira também defende a inclusão de propriedades ru­­rais familiares nesse processo de industrialização da agricultura.

“As políticas públicas de in­­centivo, no entanto, não devem buscar repetir na agricultura fa­­miliar o modelo do agronegócio, focado em poucos produtos e na exportação. É outro perfil. A agro­­indústria familiar deve ser diversificada, mas voltada à produção de alimentos, e direcionada ao mercado interno”, aponta.

Entre os exemplos de êxito, ele cita a Cooperativa de Comér­cio e Reforma Agrária Avante (Coana), de Querência do Norte. A empresa produz derivados de leite (20 mil litros/dia), como queijos, manteiga, leite empacotado e iogurte; e arroz polido e in­­tegral (até 40 t/dia).

Crescimento esbarra na infraestrutura
Se o cenário internacional de crise econômica preocupa, mas sem aba­­lar o otimismo, os chamados “gargalos” da infraestrutura nacional, esses sim são inibidores de investimentos na industrialização do agronegócio paranaense e brasileiro, avaliam os economistas Eugênio Stefanello e Luiz Antônio Fayet.

“Mesmo que nossas cooperativas tivessem taxas de investimen­to em industrialização ideais [em torno de 15% do seu faturamento; hoje é de 3%], não haveria condições para o escoamento de sua produção”, assinala Stefanello, professor da Universidade Fede­ral do Pa­­raná (UFPR).

Fayet, que é consultor da Con­fe­­­de­­ração Nacional da Agricultu­ra (CNA), diz que “o Brasil vive um co­­lapso portuário”. Ele cita a precariedade da ca­­bo­­tagem (na­­vegação entre por­­tos de um mesmo país), sistema que po­­deria ser utilizado para o es­­coamento da pro­­dução entre os extremos do ter­­ritório nacional.

Mudanças na legislação por­­tuária e no modelo de concessão de ferrovias e rodovias; e ainda a redução da tributação dos investimentos são medidas imprescindíveis para dotar o país de infraestrutura que viabilize o crescimento da economia, aponta Fayet.

Gazeta do Povo

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