Organizar os produtores para ampliar a capacidade de mercado da agricultura familiar é uma das prioridades da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário (Sead) para 2017. Para isso, um dos caminhos é o incentivo aos mercados institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que está na pauta da comitiva da Sead durante encontro no Rio Grande do Sul (RS). O objetivo é dar andamento a um projeto de otimização do Programa no estado. A iniciativa é feita em parceria com a Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário (DFDA/RS), a Emater/RS, a Secretária do Desenvolvimento Rural do Estado, cooperativas e instituições.
Uma reunião de articulação será feita hoje (21) para tratar do PAA Compra Institucional. De acordo com a Delegacia Federal, o estado tem capacidade para comprar cerca de R$ 300 milhões por meio do Programa, no entanto, o acesso não passa de 10% desse valor. Segundo o coordenador-geral de Diversificação Econômica, Apoio à Agroindústria e Apoio à Comercialização da Sead, Rodrigo Venturin, a ideia é organizar as cooperativas, fazer um trabalho de orientação e mostrar o mercado da agricultura familiar.
“Faremos essa reunião para encontrar os empreendimentos coletivos que têm DAP jurídica, apresentar as políticas de apoio de acesso aos mercados, alinhar com o que temos de chamada pública e fazer a intercomunicação, que é o mais importante. Identificar quem está ofertando, quem está comprando e otimizar esse meio de campo”, explica Rodrigo. Os números do país também mostram uma demanda passiva de acesso aos mercados institucionais. Pelo menos 40% do valor total disponibilizado para comercialização não é acessado.
A primeira reunião acontece na sede da Delegacia local, que fica no prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Na parte da manhã, o encontro será com as cooperativas. Na parte da tarde, será a vez de uma conversa com as instituições de compra: as Forças Armadas, universidades e hospitais. “Faremos essa articulação em dois momentos. Vamos conversar com as cooperativas para discutir a questão da capacidade de atendimento, ouvir as demandas, sugestões, fazer a apresentação do PAA e, em um segundo momento, fechar isso com as instituições, para sincronizar as demandas de compra e venda”, justifica o delegado do RS, Márcio de Andrade Madalena.
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