Depois de iniciarem o dia com leves altas e estabilidade, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago passaram a operar em queda na tarde desta segunda-feira (8). Os futuros da oleaginosa, por volta de 13h25 (horário de Brasília), perdiam entre 2,75 e 3,75 pontos, levando o julho a US$ 8,64 e o agosto a US$ 8,66 por bushel.
O mercado devolveu parte das últimas altas, que somente na última semana superaram os 3% no acumulado. Os traders observam o reposicionamento dos fundos, as perspectivas sobre a demanda da China nos EUA e o clima no Corn Belt, que por enquanto não traz grandes ameaças à nova safra americana.
A movimentação do dólar frente ao real também é uma preocupação, porém, uma nova perda intensa nesta segunda não ajuda as cotações da soja a subirem na CBOT. Perto de 13h40, a moeda americana cedia mais de 2% para ser negociada a R$ 4,88.
Os baixos embarques semanais de soja dos EUA também ajudam a pressionar os preços da soja. Na semana encerrada em 4 de junho, foram apenas pouco mais de 213 mil toneladas, enquanto o mercado esperava algo entre 300 mil e 600 mil toneladas.
MERCADO BRASILEIRO
O mercado brasileiro deverá ter mais uma semana de poucos negócios e monitoramento do câmbio. "Ainda há espaço para novas baixas do dólar, que estava muito valorizado", explica Vlamir Brandalizze. Entretanto, o consultor de mercado da Brandalizze Consulting afirma ainda que o equilíbrio poderia vir, em partes, das altas que são esperadas ainda na Bolsa de Chicago.
Mais do que isso, o analista afirma ainda qu o mercado nacional mostra "potencial de novas altas nos prêmios para a exportação e este fato pode ser levemente altista para os indicativos, ou pelo menos limitando grandes baixas em reais".
Fonte: Notícias Agrícolas