Com cerca de 16% das matrizes inseminadas artificialmente, o Brasil ainda tem muito a crescer em termos de utilização da ferramenta em sistemas de produção para alcançar a média mundial de inseminação de fêmeas, de 22%.
A colocação foi feita pelo professor titular do Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ), Pietro Baruselli, em sua palestra na Jornada Técnica Angus Virtual. Segundo ele, se o índice de inseminação de vacas seguir crescendo a taxas médias de 10% ao ano, dentro de cinco anos o País deve atingir a média mundial. Otimista com os avanços que a prática pode trazer à pecuária nacional, ele admite que há desafios pela frente, como a urgência em oferta de mão de obra especializada para operacionalização dos processos na fazenda.
Dados apresentados pelo pesquisador mostram que entre 83% a 85% do sistema de produção de bezerros no Brasil ainda hoje ocorre por monta natural, e que somente entre 15% a 18% se dão por inseminação artificial. Fato que, de acordo com Baruselli, ocorre principalmente porque os produtores ainda têm o conceito de que usar touros é melhor do que desenvolver um programa de inseminação.
Fonte: https://www.jornalfolhadosul.com.br/noticia/04/12/2020/brasil-deve-atingir-media-global-de-inseminacao-em-cinco-anos